Espiritual Archaeology

Wellcome my dear friends!
Enjoy the archaeological thinking exercise... I'm glad to see you all here, if you like, please follow.






domingo, 5 de dezembro de 2010

Arqueólogo Sem Pressa!

O dano da pressa

Meu novo post é sobre a principal causa de quem comete sérios deslizes. Estou falando da pressa. Hoje tudo é muito corrido, acelerado, veloz. Esse ritmo não combina com a Arqueologia. É interessante observar o desespero do colega ao lado, tremendo de medo de não conseguir entregar o relatório a tempo: receita do desastre.

As novas configurações dos prazos desconsideram as comunidades tradicionais e terminam por impedir a execução de algumas das excelentes Arqueologias que existiam. Tudo por causa da tão malfadada pressa.

Não existem argumentos para entender a pressa nas ciências humanas principalmente por atender Direitos Humanos. Se você é aquele arqueólogo, acostumado a escavar de pincelzinho e colherzinha de pedreiro... daí chega seu coordenador e diz: Anda logo que temos que entregar o relatório receita de bolo até terça-feira... Arqueologia não é brinquedo e você tem o direito de escavar no tempo que bem entender e DEVE consultar a comunidade de entorno.


O mesmo acontece com as prospecções arqueológicas, você já viu?? A aplicação de poços-teste numa LT? Parece mais uma corrida para ver quem faz mais buraco numa linha reta... ahhh. Isso não é Arqueologia. Presta atenção meu irmão!!! Olha para os lados! Tem mais. Se não fizermos tudo certinho: buraquinho por buraquinho, dentro da medida certa, no prazo certo, sabe o que acontece? Vamos todos perder o emprego, a programaçãozinha automática do sistema!!! Porquê? Por causa de um relatório que tem que ser entregue na data certa.


Assim isso, como tratamento de choque, interessante de frisar o seguinte. Abra mão da pressa. Faça devagar, com amor, com carinho. Nenhum manual de Arqueologia sugere que você escave com pressa ou que escreva milhares de relatórios até o final do mês. Relaxa, você não vai mudar a Arqueologia Brasileira com a sua velocidade the flash. Se não conseguir acabar com a pressa, controle-se, mas não transmita ao outros.

Quem faz Arqueologia com pressa pratica a destruição através da desatenção. Relaxe e divirta-se com a comunidade tradicional:



Por isso você vai ter que escolher um caminho. Agir na velocidade apropriada, respeitando os colegas e o seu time. Desacelerar um pouco e ouvir os sons dos sítios arqueológicos. Que provavelmente você passou por cima e nem viu. Ou então continuar nesse stress da pressa, o que não faz nenhum sentido.

Visite um sambaqui, ou um paredão de arte rupestre. Faça o exercício. Experimente ficar lá, sem pressa, na calmaria, escutando o canto dos pássaros, do vento nas árvores; experimente ser mais você. É preciso tempo para liberar o arqueólogo que há em nós. E quando alguém lhe pedir para ir mais rápido, para acelerar, para ter PRESSA, manda logo meditar! A pressa é dele, dono da empresa, ele que precisa conviver com ela, não você. Resumo: Pressa não combina com Arqueologia.



Não confunda a falta de pressa, com coragem e arrojo científico. Porque existe o malandro, o relaxado e o nó cego. Estes três sujeitos, conhecidos de todos nós, não estão nem aí para velocidade da pesquisa. Procure ser arrojado, dinâmico, pró-ativo, servidor e simpático, por que, do contrário também estamos em maus lençóis.

Nunca deixe um colega pra trás (aprendi isso com Rodrigo Germano). E quando entrar em campo, entre alerta, consciencioso, atento; com todo o seu coração; com força e determinação, mas sem pressa por favor e saboreie as novas amizades que irá tecendo pelo caminho.


Treine a sua mente e seu corpo o seguirá na velocidade que desejar. Caso isso não funcione faça como Miguel de Cervantes - Elimine a causa, e o efeito cessa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ensaio sobre Cadeia Operatória





Olá meu amigo(a). Tu deves estar te perguntando o que eu teria a dizer sobre Cadeia Operatória. Confesso que ainda não entendo porra nenhuma. Mas com o passar do tempo, resolvi questionar. Eu me tornei curioso sobre a causa (tema?). Em especial depois que li um artigo muito interessante sobre o "isolamento do material lítico", um dos melhores que eu conheço. Se o autor ler isto gostaria de parabenizá-lo e dizer publicamente que sou fã.



Fui procurar nos livros e nos teóricos sobre análise lítica. O material lítico sempre foi um fetiche antípoda de uma classe intelectual frustrada. Mesmo assim eu queria entender. Não fazia sentido para mim descobrir qual lasca teria sido heroicamente arrancada primeiro do seu leito conchoidal. Em alguns textos observei que os cientistas estavam interessados em descrever o gesto do homem pré-histórico. Poxa, pensei, o gesto é lógico, estavam lascando para obter instrumentos úteis. E o resto do sítio arqueológico, os vestígios fitofaunísticos, a profundidade estratigráfica, etc? Tornara-se um compromisso moral tal desafio.



Nem mesmo estavam vinculando as peças à uma possível cultura. Comecei a me perguntar o que realmente interessava em saber a ordem de retirada das lascas... Com o passar das leituras entendi que não faz nenhum sentido social, nada. Além de não explicar absolutamente coisa nenhuma sobre como os grupos de caçadores se deslocavam ou como estavam dispostos na paisagem. Os objetivos não eram claros. Afinal de contas eu queria respostas.



Entendi que matéria-prima passou a um plano secundário e que a intencionalidade do gesto não fazia nenhuma diferença. O mais importante era colorir o desenho de acordo com a ordem da percussão (em diversas análises tive a legítima sensação de que era chute). Bom, já vi remontarem núcleos e blocos, estabelecerem a idéia de como foi lascado o artefato. Fora isso, os dados não são consistentes, aqui temos lascas praticamente desconexas em pastos pisoteados e solos arados próximos a córregos.



Utilizei alguns recursos. Li os franceses, americanos e ingleses, nessa ordem. Nenhum explicou qual seria a aplicabilidade social ou cultural do estudo. Nem mesmo qual a importância estrutural. Ou sua viabilidade dentro de uma perspectiva teórica, faltavam conceitos completos. Estava desorganizado. Nebuloso. Complicado. Falta da coerência do paradigma, lapso ideológico.

Muitos dos aspectos que questionei estavam aliados à minha própria ignorância. resolvi telefonar para um amigo que está estudando nos EUA. Encontrar mais alternativa, de fato queria participar daquele movimento frenético pró-Cadeira Operatória. No momento em que conversava com meu amigo, fui informado que um colega tinha finalmente entendido o significado da Cadeia Operatória, sua justificativa e propósito. Abalado com tal informação, fui procurá-lo.

Perguntei - Mestre - Como posso eu, um simples mortal, entender Cadeia Operatória? Imediatamente fui informado que o segredo estava guardado a sete chaves em algum lugar da França. A luta continuava. Concentrado no paradigma eu me encontrava como um velho entorpecido de saber inútil. Buscava uma explicação inexistente. A observação empírica do objeto, dos indícios, dos vestígios me diziam que o diálogo da hermenêutica estava sendo puramente funcional.



Os argumentos estavam fora da lógica. Não justificavam a presença do termo "cadeia operatória" em conceitos desorganizados. Tanto em ordem quanto em dados, já que não é serial. Quando percebi que dois ou três artefatos já eram suficientes para entender toda uma cultura pré-histórica, meu esquema foi ao chão. Passei a desconfiar não apenas do termo, mas de todos os que consideravam o material lítico lascado isoladamente, fora do seu contexto ambiental, social e cultural. Além de ignorar completamente os outros vestígios do sítio arqueológico (palinologia, estratigrafia, restos de alimentação, etc.) Ou seja, tudo o que o pacote arqueológico pode oferecer.


Hoje eu acredito em cadeia operatória tanto quanto acredito em papai noel, coelhinho da páscoa e josé sarney.


Paz, por favor, paz... amo todos vocês e que o espírito livre da Arqueologia os leve até os mais altos postos do saber e da erudição. Se alguém quiser algum texto sobre o assunto é só me add. Mas já vou dizendo que sou leitor fanático de Paul Feyerabend.
MSN: marlonpestana@hotmail.com

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Conde de Whatahell

Era uma vez. Num tempo distante, num passado próximo. Existia um nobre, seu cavalo e um bando de idiotas que pensavam saber tudo. A região se chamava Whatahell. O Conde, um homem muito burro, não tinha noção do perigo. Nem da realidade. Nem do mundo virtual.

O mundo era considerado plano, apesar de que, no fundo todo mundo desconfiava da forma de cú, um anus aristotélico, cartesiano. O conde, um rapaz de meia idade, estúpido e ignorante resolveu fundar sua própria cidade Whatahell. Vender seus produtos e quem sabe dormir de graça na zona de Whatahell.



O clero da região era formado basicamente por pessoas sem noção. Não sabiam que horas abria a padaria nem quando passava o carteiro. Fora isso o bispado era por demais divertido, eram os únicos que detinham o poder de ler a revista das brasileirinhas sem ficarem ruborizados. Ou metodologicamente embaraçados.

Na cidade vizinha Whatafuck, fundada pelos fuckers no século IV, todos conheciam o Conde de Whatahell. Que para os fuckers era o portador de segredos maravilhosos, de possuir a fórmula da felicidade e da juventude, ladrão e detentor de um conhecimento a muito tempo perdido.



Bom, o tempo passou e o Conde de Whatahell foi envelhecendo. Conheceu o capeta com a putaria generalizada que reinava naqueles seus espaços sagrados. Afinal de contas a carne é sempre mais barata no porto. Com isso, inseguro e mal logrado tentou a sorte como viajante e herói substituto. Não deu certo. Na melhor das hipóteses o Conde de Whatahell estava servindo como bode expiatório para uma crise generalizada de paradigmas. Todos temiam Feyerabend, Kuhn e Popper. A revolução epistemológica era notícia nos jornais. Todos estavam amedrontados.


Foto original do Conde de Whatahell com um amigo Fucker.

Os índios de Whatahell condenavam o Conde por ser positivista, processualista e eventualmente paranóico. Ele adora os índios, mas infelizmente não tinha como mudar a perspectiva. Precisava estudá-los. Pois bem, o tempo foi passando. Os demônios se chegando.

Até que um dia descobriu que o universo era feito da casca de suas batatas. Tubérculos nietzschenianos plantados no quintal. A cosmologia não era coerente, mas batatóica e pré-socrática, quase dionisíaca. A História não batia. Não fazia sentido. O Conde, cada vez mais feliz com a situação heurística, comprou uma carruagem hermenêutica estruturalista (para viajar pela Maionese [conhecida região catalã]). Aquela carroça FDP não pegava nunca.

Daí um dia decidiu ir pescar, dormir e relaxar. Foi comido por piranhas no bar da esquina. Desconexo. Impetuoso. Outra vez tentou subir na escolástica, não deu certo. Caiu no primeiro buraco negro do asfalto. Continuou tentando.

O Conde de Whatahell era assim: uma pessoa difícil. Nunca desistia, teimoso, cabeça dura e sempre comprometido. É difícil vencer quem nunca desiste, não é? Enfim, como possuía um título nobiliárquico, pensou que podia tudo: só se ferrou.
Logo percebeu que seus objetivos não tinham desaparecido, estavam lá, no mesmo lugar. Seguiu em frente. Sem olhar para traz. Não queria saber da vida dos outros. Só os fatos interessavam, além, é claro, do Sexyhot Daí pensou, o que me faria realmente feliz?


Passou anos como um existencialista. Apesar de realmente se ver como um pós-processualista frustrado. Com o tempo percebeu que muitas das idéias que tinha quando jovem não faziam mais sentido. Estava numa encruzilhada teleológica, tal qual sua ignorância. Não combatia com armas, mas com motivação e conhecimento. Tentou milhares de vezes e nem chegava perto, não conseguia... Daí um dia, algum morador de Whatafuck disse: Get a life! Encontre alguém, case e tenha filhos, assim tu enche o saco dessa vida e some.

Progresso. Isso lhe faz feliz. Mesmo assim não conseguia vender um palito de fósforo. Passou a estudar para ser Marques! Continuou seguindo em frente, não conseguiu. Mesmo assim, não desistiu. O Conde de Whatahell pensou que fosse um complô ou perseguição, mas na verdade era apenas medo e insegurança.

Após longos anos de estudo científico, decidiu consertar a descarga do seu banheiro. FOI APROVADO! Tudo deu certo. Se encontrou na vida. Era humano, demasiado humano, apesar de seu eterno retorno como bobo da corte. Como conseguia? Não desistia. Daí um dia encontrou uma pessoa. Que o fez feliz. Obteve sucesso em tudo. Dançou a noite toda e, cansado, deitou para dormir. Nunca mais acordou.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Voltando para casa: o Instituto Anchietano de Pesquisas

É isso aí pessoal! Confirmado. Estou regularmente matriculado. Sou oficialmente aluno da melhor universidade do sul do país: a Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mas por que aqui? Qual seria o motivo de eu ter voltado a estudar nesta mesma universidade?



Simples. Tradição. Maior número de trabalhos científicos publicados... Centro de referência ética no Rio Grande Sul, Brasil e no mundo. Um ambiente de princípios, de valores, de personalidade. É aqui o lar do pai da Arqueologia Brasileira que, com carinho, me acolheu novamente. O Instituto Anchietano de Pesquisas é meu sonho realizado. Espaço onde posso rememorar, avaliar, pensar livremente.



Foi bem alí, do lado da minha casa, no Parque São Pedro, Rio Grande, que o Padre Schmitz descreveu uma das mais antigas tradições ceramistas do Brasil. Eu cresci e me criei naquelas dunas, conheço bem o meu território.


É por isso que eu estou aqui, para valorizar tudo o que já fizeram pela pré-história da minha terra. Eu busco fazer ciência, não oba-oba. O caminho é longo, ainda estamos no começo, mas devo admitir, a chegada foi emocionante. O retorno ao lar, aquelas velhas faces que olham surpresas... ah o retorno, o doce sabor de estar pronto para produzir mais e mais.



Foi aqui, nesta universidade, que meu mestre Prof. Dr. Pedro Augusto Mentz Ribeiro se formou Arqueólogo. É aqui que quero seguir os seus passos, este lugar irradia positividade e bem estar. É bom ter a certeza de que se está no caminho certo... Ahhh as pessoas, sim elas nos tratam bem, como humanos, como amigos. Eu preciso ser categórico: é aqui que eu escolhi estar, desta forma, com estas pessoas... meu crescimento continua.



Caso você não conheça o Anchietano, é uma boa dica, sugiro e aconselho. www.anchietano.unisinos.br Esta é uma maneira simples e humilde de agradecer por todo o apoio que me deram e que com certeza firmaram meu caminho até aqui. Escrevo estas linhas de dentro da sala de aula, com mais cinco colegas ao redor, aula sendo ministrada pelo Prof. Schmitz e o Prof. Jairo.
Finalmente voltei...
Um grande abraço e obrigado pela atenção

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A ciência do vizinho: a Arqueologia farofeira



Me parece algo vital, a fofoca. Como o ar, todos à respiram. A prática do vizinho parace ser sempre a melhor. Bobagem. Se está sempre de olho, vigilante. Pronto para criticar, para fofocar, sobre a Arqueologia do vizinho. Tu queres saber como? Deixa eu explicar. A necessidade de saber o que o outro está fazendo, o que produz e com que qualidade... birra de criança, infantilidade epistemológica.



Os nossos bons descobridores morreram. Os nossos melhores detetives e pesquisadores estão decepcionados, desiludidos. Toda essa farofada está mal misturada e ruim de digerir. Pois é sempre a farofa do vizinho que é a mais saborosa, melhor misturada, mais temperada. Essa Arqueologia farofeira cansa.



Acontece que no bairro não existem apenas vizinhos farofeiros. Há também aqueles que trazem saladas sortidas, verdinhas; aqueles que fazem churrasco e até mesmo aqueles que arriscam uma lazanha. Mas a farofa nunca acaba, pode acreditar. Daí vem aquela conversa: o que será que tem na salada deles pra atrair tanta gente? Será que minha farofa não é mais tão saborosa?! Os farofeiros sempre vão existir.



Fazer ciência e produzir conhecimento é arriscar. Deixar de oferecer farofa. No mínimo ensaiar um prato novo, levar a novos ambientes, fazer ciência é inovar. Nós que produzinhos conhecimento, temos que ter a confiança na nossa farofa, nos ingredientes; no que construímos e oferecemos aos outros. Somos formadores de opinião arqueológica e, até aonde eu sei, a farofa do vizinho não interfere nesta construção.

Porque são utilizados paradigmas tão cristalizados? Talvez seja por que se tem medo de abrir mão daquela farofinha, quentinha e misturadinha do dia-a-dia. Os grandes pensadores Boucher de Pertres, Lorde Pitt-Rivers, Mortimer Wheeler, Leroi-Gorhan... não, eles não se contentaram com a farofa do vizinho. Trataram de cozinhar algo novo para que o mundo pudesse saborear.



Enquanto alguns perdem tempo criticando a farofa do vizinho eu vou tentar e ter o prazer de cozinhar algo novo!
Abração caloroso a todos!
MSN: marlonpestana@hotmail.com

terça-feira, 13 de julho de 2010

O homem da bucha gigante!



Fora todas as decepções, enfim, a vitória. A bucha é grande. É controlável, louvável. As esferas psíquicas nem sempre condizem com pessoas sensatas. É maleável, é triste. Após seis meses de puro suor e concentração, finalmente a VITÓRIA.

Joguei pesado, estudei e concentrei no objetivo, por que aonde meu foco estava, minha energia fluía. Nem sempre foi assim. Tive que aprender com as derrotas, com as quedas, com os tropeços e traições.

Mas hoje eu comemoro o 1° Lugar Prosup/CAPES 2010 - Aprovado com honra ao mérito na melhor universidade particular do sul do Brasil - UNISINOS.

Deixa eu explicar o por que da bucha gigante: "inveja", olho gordo e crocodilagem... formas humanas de embriagar as situações. Quero distância disso. Quando minha gata diz "esquece", lá no nordeste eles teriam que se ver com os cangaceiros (seria muito pior)... tudo, absolutamente tudo faz sentido.

Mas é uma bucha que faço questão de não carregar, de não dar atenção. Deixo estar. Depois de retornar a ser Cristão e ter prometido à Buda milhares de moedas; além de ter me esforçado muito... tudo faz sentido. Nada cai do céu.



Sempre avante, mantendo os planos... as melhores férias que alguém pode ter. Gramado estava maravilhoso, e o templo budista mais maravilhoso ainda. Época de sonhos e de fantasias. Uma vitória comemorada com luxo e paixão. Nem sempre temos a mesma sorte. Após a vitória é fácil entender... Ao vencedor as batatas!

É simples planejar, difícil é executar. Lembrar dos que se foram, honrar os que estão ao nosso lado. Seguir em frente e manter as lembranças como experiência. Anime-se. Encontre a liberdade e saboreie o silêncio. A vitória sempre vai te fazer bem.



Sinta-se ótimo e confortável com as suas escolhas, é assim que eu me sinto. Procure alcançar mais longe, é simples, basta acreditar, atenha-se às suas decisões. Hoje eu sou agradecido pelas quedas e derrotas. Somente elas me ensinaram que aonde meu foco vai, a minha energia flui. E tem mais: sugação emocional e energia negativa não é comigo não; as buchas que chegam até mim eu passo adiante, não descarrego caminhão de lixo em ninguém; caso descarreguem em mim, eu passo a bucha adiante!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

VII Encontro Regional da SABSul




A SABSUL chega em 2010 ao seu VII Encontro Regional. São 14 anos de atividades em prol da Arqueologia realizada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Esta longevidade permite aos seus sócios uma avaliação das transformações pelas quais vem passando a Arqueologia brasileira em geral e a Arqueologia regional em particular. As últimas duas décadas foram marcadas por mudanças importantes na formação e na atuação profissional dos arqueólogos brasileiros. Por um lado, têm-se a formação de diversos colegas em cursos de Pós-Graduação (mestrado e doutorado), o que significou a emergência de uma geração de profissionais que tem atuado em diferentes setores do ensino e da pesquisa. Por outro lado, verificou-se a o crescimento significativo das atividades autônomas de arqueólogos em trabalhos de contrato ligados aos Estudos de Impacto e Laudos Arqueológicos para empreendimentos de pequeno, médio e grande porte. A proliferação de trabalhos arqueológicos abriu o campo para que muitos estudantes de graduação, das mais diferentes áreas, pudessem dar seus primeiros passos em arqueologia. Lentamente, a atuação profissional dos arqueólogos passou ter uma maior visibilidade junto à sociedade. Mais recentemente, este quadro de expansão da área foi reforçado pela criação de bacharelados em Arqueologia em diversas Universidades Brasileiras, alcançando quase uma dezena de graduações espalhadas pelos Estados de Goiás, Pernambuco, Rondônia, Amazonas, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Sul. E a perspectiva é de que outras sejam criadas em breve.
Todas estas transformações são altamente positivas para a afirmação da Arqueologia como área de conhecimento autônoma e como segmento científico que possuí uma grande importância para a sociedade contemporânea. Não por acaso, esta nova fase da arqueologia brasileira ocorre justamente em um contexto onde, tanto no Brasil quanto em outros cenários internacionais, assiste-se a emergência das afirmações de setores da sociedade que buscam sua memória, seu patrimônio e identidade, processo no qual a Arqueologia passa a ter um papel cada vez mais significativo. Contudo, há que se considerar, também, os problemas advindos de um crescimento acelerado da arqueologia. A grande quantidade de trabalhos em curso no país implica em questões ligadas à ética profissional; ao destino dos acervos gerados nos registros arqueológicos escavados; as relações entre os arqueólogos e os poderes públicos no que diz respeito à regulação da atuação profissional e a preservação do patrimônio; aos endossos institucionais concedidos para os trabalhos de contrato; às distintas formações que são oferecidas aos aspirantes à arqueólogos, através de cursos de graduação e pós-graduação em centros de ensino e pesquisas, como Universidades e grandes Museus, além de espaços privados como empresas de arqueologia. Todas estas questões estão na ordem do dia para os arqueólogos brasileiros e tem sido tema de debates e discussões em diferentes fóruns. O VII Encontro Regional da SABSUL pretende ser um espaço para aprofundar alguns destes temas, na esfera da Região Sul, mas apontando para outros contextos nacionais e internacionais. A escolha do local do evento, a cidade de Jaguarão, no RS, deu-se por vários motivos, tais como: o município possui um campus da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, que oferece as graduações de História e Turismo, além de Jaguarão ter sido incluída no Plano de Aceleração (PAC) das Cidades Históricas, com investimentos aplicados em parte do patrimônio edificado; por representar uma cidade histórica com rico potencial turístico e um patrimônio arqueológico a ser conhecido e divulgado, e pela cidade encontrar-se em um momento em que diversos setores públicos e da sociedade civil estão pensando estratégias e alternativas de desenvolvimento através do patrimônio e do turismo.
Assim, convidamos todos os arqueólogos, estudantes e demais pessoas interessadas para o VII Encontro Regional que será realizado entre os dias 27 e 30 de setembro de 2010 para discutirmos juntos, as cada vez mais sensíveis relações entre Arqueologia, Patrimônio e Desenvolvimento.


www.culturamaterial.com.br

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Liderança e opinião: alguns fatores para o sucesso



A sociedade, regulada por binômios perfeitos, nunca é regular. De fato, não existe nada certo. Estável ou esperado. Não importa. Alguns elementos para o sucesso são vitais. Mudar a sua fisiologia. Fazer o sangue pulsar por suas veias, levantar pesos.

Nada está consolidado, essa é a beleza da vida, a incerteza, a inconstância. A viagem é longa e nem sempre é agradável. Mas há momentos em que tudo parece normal, onde simples gestos lembram vitórias, momentos alegres. Impossível consolidar dados, contudo, somos adoradores do impossível, amamos o difícil e simplesmente estaremos lá para brigar um pouco mais. Por que é assim que os lideres são, brigões.

Teimosos por natureza. Não podem ver um problema que imediatamente grudam nele. Querem resolver, discutir, fazer o que é certo. São quentes ou são frios, mas jamais são mornos. Entregam o sangue no altar da glória, estão sempre trabalhando, não importa em quê. É! Lideres têm problemas... não podem ver alguém pedindo comida ou passando frio, lá vão eles tentar ajudar, trazer pra equipe, tentar levantar.

Algumas pessoas nunca mudam. Os lideres mudam todos os dias, mudam de roupa, mudam de opinião, mudam de bar ou de vontade, mas nunca mudam seu jeito violento de levar as coisas adiante. Os lideres motivam, erram, choram, discutem, gritam, mas nunca calam a boca. Churchill, Thatcher, Clinpton, Gates, Hawkings, Madre Tereza, 2Pac, Malcom X, Martin Luter King, Gandhi, Hitler... Todos os líderes sofreram, se ferraram, se apaixonaram e perderam, se confundiram, tiveram medo, fracassaram e com certeza erraram. Contudo, líderes nunca mudaram de opinião.

É, de fato, lideres são chatos. Aborrecem os bolas murcha, os sem vontade, os nós-cegos. Mas como diria o provérbio gaudério "é melhor ser boca brava do que não ter boca pra nada". Então, seja quente ou seja frio, mas não seja morno que eu te vomito.

Para ser líder é preciso entender algumas coisas. Lideres não desistem, não calam a boca e não se curvam à vontade alheia, seja patrão ou presidente. Lideres ajudam e servem quem necessita e não quem paga mais. Lideres sorriem e se alegram, lideres se ferram e seguem adiante, sem mudar de opinião.

Se quer ser o melhor, siga os melhores:


Lideres não tem medo do nada, pois sabem que é do nada que tudo acontece. Lideres sabem que o medo mantém as pessoas pequenas, perdedoras e, até certo ponto, feias. Líderes explodem os gigantes interiores e caçam soluções, criam ideias, fomentam atividades e botam todos a dançar.

O sentido das coisas e das pessoas está guardado no caráter. Em não aceitar aquilo que é imposto, em brigar e discutir, mesmo que isso seja usado contra a própria pessoa. Lideres não tem medo de intriga, muito menos de inveja, líderes voam alto e pensam sozinhos.

Olha só que experiência engraçada. Um antigo amigo, conversando comigo, me disse: - Marlon, tu deverias ter um pouco menos de opinião (!!!????@#$#$%&¨%). Vocês entenderam bem o que ele me disse? Que eu deveria ter menos opinião?! Cara, eu dei muita risada naquele dia. Um cientista humano me pedindo para ter menos opinião!



Bom, eu tenho muito orgulho da minha opinião e não tenho vergonha nenhuma de divulgá-la. Líderes fazem isso e por princípio gostam de discutir e argumentar, mas jamais pedem para um colega esconder a sua opinião.

Ideias são patrimônios da humanidade. As opiniões pessoais são sagradas, revelam interesses e pegadas importantes, são indícios discursivos. Demonstre a sua opinião, opine e questione basicamente tudo o que for pré-concebido. Seja um líder e um aprendiz.

sábado, 29 de maio de 2010

Ciclo Sul-Americano de Conferências de Arqueologia Pré-Histórica

Breve relato do 1° Ciclo Sul-Americano de Conferências de Arqueologia Pré-Histórica.



No meio do caminho encontramos pessoas... Alegres e preocupadas. Vieram de longe. Trocamos experiências. Dividimos segredos.



Encontrando equipes perfeitas, que apresentam resultados reais. No caminho encontramos segurança e orgulho, por ver como tudo está indo. Grande amigos, longas histórias.



Sergipe, Goias, Mato Grosso e Belém. Encruzilhada de conhecimentos e saberes. Amizades que vão durar... com histórias pra contar.



É quando vemos que os grandes cientístas são humildes, se reúnem e conversam. É quando vemos que grandes mentes pensam na mesma direção. Se alegram com as boas novas...



As vezes abrimos até possibilidades de negócios e pesquisas conjuntas. Até mesmo por que sobre "colas de pescado" também conhecemos e sabemos seu contexto.




Caminhos entrecruzados... e jamais deixaríamos de tirar uma foto ao lado da nossa referência bibliográfica Eric Boëda.



No caminho encontramos finais inesquecíveis. Amigos que nos acompanham, que nos alegram. Um final de evento que jamais vou esquecer.



No caminho encontramos um 1° Ciscap muito bem organizado, respeitoso, ético e principalmente agradável.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Escavando no quintal: objetivos não-interventivos

O que são perspectivas não-interventivas?

Lancei mão dos meus foguetes. Cansei de ler Kafka e V. Gordon Childe, já sou fatalista o suficiente. Além do mais misturar não me faz bem. Encontrei meus antigos medos e escavei. Aquele sabor da laranja na boca do ex-fumante. Repensei os objetivos e me senti como remexendo numa caixa velha. Antigas lembranças.

Psicometria e leitura mediúnica são ferramentas gratuitas ao alcance de todos que não seguem o paradigma materialista.





As pessoas são como são, as vezes boas, as vezes más. Nada muda isso. Decidi escavar no meu quintal. Por quê? Pra manter meu objetivo, sempre escavando. É lógico que no meu pátio não tem um sítio arqueológico, fiz de lajotas os meus fragmentos cerâmicos e imaginei tijolos como núcleos e pedaços quebrados de garrafões de vinho como lascas líticas. Sério; não, não estou paranóico.

Ahh eu escavei, escavei muito até cansar. Fiz duas sondagens de 1x1m e uma trincheira de 4,5x0,5m. Para matar a saudade. E finalmente para descobrir como é escavar completamente sozinho. Decidi escavar. Enquanto eu escavava lá, sózinho, no silêncio completo... acabei me encontrando. Conversando comigo, discordando de algumas coisas.

Pois valor não é preço, valor é significado. Reavaliar os meu padrões foi diferente. Mesmo após recém sair de uma escavação verdadeira, aquela escavação de mentirinha me fez refletir, me fez muito bem. Sobre quem eu sou e com quem eu tenho andado. Lembrei que os objetivos não eram tão obscuros e estavam ao meu alcance. Quase todos.

Extremamente feliz com o que está por vir e como está acontecendo. É previsão. É lógica. Apagar o vazio, mergulhar no silêncio... e teimar, teimar, teimar...

Estudos comprovam... nunca dei tanta risada na minha vida, redescobri a amizade e esburaquei meu quintal. Aos amigos com quem escavei: a minha gratidão; aos amigos com quem estarei escavando... esperem por mim.

Veja o que a intuição e as energias residuais revelam:



Como arqueólogo, eu amo escavar... alguma dúvida? Tu não ama? Já escavou alguma vez? Ahh ohhh meio-ambiente, legal né! Ahh sei, pesquisa não-interventiva, legal... ohh eita medo de errar, hein?!

É devoção, eu acho. Força de vontade, talvez.

sábado, 24 de abril de 2010

Maria Luiza da Costa Pestana



Nasceu no dia 21/04 minha sobrinha Maria Luiza. Perfeita. Linda. Com 2,250 kg, medindo 45,0 cm. Sucesso. Apesar de ter sido cesária e ter pegado a todos de surpresa nos alegramos imensamente com a sua chegada. Esperamos que este abril se acalme com a presença de Maria Luiza. Um abril que vem sendo muito tempestuoso.

Minha primeira sobrinha e a primeira recém nascida após minutos que vejo. Depois de tanto trabalho, essa criança maravilhosa fez tudo valer a pena. A vontade que me deu de ser pai, os momentos de alegria, nunca mais vou esquecer. Foram lágrimas quentes que escorreram. Emoções que jamais se apagarão de nossas memórias.

Bem vinda Maria Luiza. Que o mundo te receba de braços abertos com a felicidade de um tolo, pois precisa. Conheça as luzes ao redor e tenha uma infância feliz. Estarei sempre por perto. Aqueça os corações daqueles que precisam de ti. Chegasse em boa hora. No momento perfeito de reconsciliação e amor. És a esperança de todos nós. O mais tenro e intenso raio de luz neste abril tempestuoso.

sábado, 6 de março de 2010

Inteligência Competitiva na Arqueologia



Como vender conhecimento arqueológico? Ou não está a venda?! Tudo bem. Sou arqueólogo porque me sinto um, me venderam a idéia de ser arqueólogo. As pessoas deveriam expressar mais, sentir mais, falar numa linguagem mais humana. Venderiam mais. Nossos livros estão cheios de jargões, por quê? Garanto, não vão deixar de ser científicos os que hoje são marcianos (livros).

Imagine uma biblioteca. Estantes de filosofia, geografia, história e de repente você se depara com uma cena louca. Pessoas acumuladas aos milhares com a barriga esfregando na madeira do balcão "passando as vistas" nos livros de auto-ajuda. Bom, não tinha livros de Arqueologia, os que existiam falavam sobre as pirâmides, adivinha de onde?

Bom, ser competitivo é ser criativo, capturar estas idéias e inovar no mercado. Como se faz isso? Invente. Limites na Arqueologia, não vejo nenhum. Procure, encontre, estude e preserve. Insira isso nas tendências do nosso seguimento e... katibumba!!! Eis uma Arqueologia moderna.


Está me achando meio louco, não é? Se pensa assim agora, imagina quando ver os meus planos de marketing viral... e tudo com o conhecimento arqueológico. Para especular mercado é preciso faro. Percepção. Equipes buscam inteligências individuais para formar um tabuleiro de formas. É preciso mudar. Receitas prontas não existem. Ah, vale lembrar que vai mais longe quem tem um propósito e que quando uma coisa na vida termina, outra começa no lugar.

Estar ciente de sua inteligência competitiva é sangrar por ideais, preservar valores, seguir em frente. Quer vender mais? Fale pouco, faça mais. A produtividade não permite fracos, precisamos de leões, não de ovelhas.

Você é um arqueólogo competitivo? Até aonde você iria para alcançar os seus objetivos científicos? Faria isso com ética?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mundos Pré-Históricos e Ética


Qual é a diferença entre o elefante e o jacaré? E o que tem haver o mundo pré-histórico com a ética (ou a falta dela)? Explico abaixo.



O que faz de nós, grupo de primatas evoluídos? Macacos pelados, destinados a destruir a si mesmos. Bom, vamos especular sobre Ética.

Você já se pegou falando mal de uma pessoa sem nem sequer ao menos ter tido o prazer de conhecê-la? Se isso aconteceu, sinto muito você é anti-ético, ou seja pertence ao mesmo mundo dos macacos peludos, dos quais evoluímos. Eu explico. Primeiro, ninguém é idiota ao ponto de se auto eletrocutar na cadeia evolutiva (aqui entendida como mercado). Em segundo lugar, as pessoas tendem a usar a cabeça dos outros como degraus, para mostrarem que são melhores (gorilas também bebem a própria urina).


Mas aí entra a evolução e os animais pré-históricos. Sim, eu vejo a conexão! Os mais fracos foram exterminados, quem sobrou?? O elefante (devagar e sempre); a baleia (gorda que vive nas profundezas); e o jacaré (encouraçado e com a boca maior que o próprio cérebro).


Ética sobrevive nos detalhes, no desejar e fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem pela gente. Os mundos se renovam, as tendências se reorganizam a cada instante. O mundo se perde e se recria. Por este motivo, falar mal da baleia ou do elefante não faz diferença, não é? Eles vão continuar gordos e seguir em frente! Mas e se falarem do jacaré? Encouraçado e sem medo de botar a boca no mundo? Pois é, eu vejo a conexão. Ética é educação, a falta dela é ignorância.

Ao falar mal de alguém, principalmente colegas de profissão, você está automaticamente se auto-eletrocutando, demonstrando abertamente ao povo qual lado da evolução você está. Neste caso, lembre-se disso antes de falar mal de outro colega.




O destino nem sempre é bom com todos, não é?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O que é Arqueologia Popular?

A idéia surgiu quando eu aprimorava meu broadcasting através do Twitter. Uma colega teve um pensamento brilhante e eu, é claro, assimilei, digeri e criei meu próprio espaço chamado Popular Archaeology. Mas quais são os fundamentos principais desta linha de pensamento?



Em primeiro lugar, nada é estático. A linguagem popular, as identidades culturais e as formas de saber-fazer local são os principais atributos interpretativos. Mas é aí que a coisa fica interessante. As pessoas e as coisas estão interligadas. Fazem parte do mesmo conjunto, ajudam a construir esquemas interpretativos... sim, pessoas comuns, sem escolaridade, sem grau de instrução, apenas formadas na escola da vida ou ainda alunas.

É mudança de patamar. Conscientização é o principal objetivo do trabalho, alcançar todas as classes. Nossa linguagem é comum, simples, cotidiana. Não, não estamos interessados em radiocarbono, não estamos interessados em testes físicos mirabolantes, nem em artigos fascinantes em revistas extrangeiras! Queremos a popularização da Arqueologia! Seria a realização de um sonho, ver a Arqueologia na mentalidade cotidiana das pessoas mais isoladas, mais distantes, no interior do Brasil e além. E como eu faço isso? Deixo que pensem, deixo que procurem, deixo que criem suas próprias interpretações. É fantástico o que surge!


Expressões de fascínio e prazer ao perceberem que também poder fazer Arqueologia, que também podem arriscar, que possuem uma chance de fazer História. Ainda mais por serem protetoras e guardarem, na maioria das vezes, sítios arqueológicos espetaculares no pátio de suas próprias casas. Pra sentir o prazer de estar formando um exército de criadores de novas idéias, de novas teorias, de novas hipóteses!

Essa é a lógica central, mas existem outros motivos desta minha exposição. Um deles é mostrar que o networking dá resultados. A divulgação e a popularização de dados arqueológicos acabou se tornando um rígido TABU. Por conta disto fiz o momento contrário. Popularizar de baixo pra cima. Sim, já me disseram que é bobagem, sim, já criticaram. Sabem o que eu disse? Bom, alguém precisa fazer o trabalho, alguém precisar ir lá e informar, divulgar, abrir a caixa do conhecimento! Além do mais, o patrimônio é público. Alguém precisa popularizar os termos e conceitos, entregar à comunidade o que é dela por direito. Sair dos muros da universidade.


Para saber como pratico esta atividade, apesar de ter apenas 2 anos e ser bem pequena comparada a outras formas de popularização do conhecimento, basta observar no youtube.com/marlonpestana1 ou então seguir no twitter.com/marlonbp